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sábado, 3 de noviembre de 2018

MEDO DE AMAR, Luiza Luz Senis, São Paulo, Brasil

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Imagen de: Luis Miguel Tapia Bernal




MEDO DE AMAR


O céu está parado, não conta nenhum segredo
A estrada não sei onde vai dar...
Não leva a nenhum lugar
A areia do tempo escorre de entre meus dedos
Ai que medo de amar!
O sol põe em relevo toda as coisas que não pensei acontecendo,
Entre elas e eu, que imenso abismo secular...
As pessoas passam, não ouvem os gritos do meu silêncio
Ai que medo de amar!
Uma mulher me olha, em seu olhar há tanto enlevo
Tanta promessa de amor, tanto carinho para dar
Eu me ponho a soluçar por dentro, meu rosto está seco
Ai que medo de amar!
Dão-me uma rosa, aspiro fundo em seu recesso
E parto a cantar canções, sou um patético jogral
Mas viver me dói tanto! e eu hesito, estremeço...
Ai que medo de amar!
E assim me encontro: entro em crepúsculo, entardeço
Sou como a última sombra se estendendo sobre o mar
Ah, amor, meu tormento!... como por ti padeço...
Ai que medo de amar.

© LUIZA LUZ SENIS , poeta y escritora brasileña
 MIEMBRO DE LA COMUNIDAD “Amigos de Asolapo Argentina
Direitos autorais 9610/98 São Paulo Brasil




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