Imagen de: Luis Miguel Tapia Bernal
MEDO DE AMAR
O céu está parado, não
conta nenhum segredo
A estrada não sei onde vai
dar...
Não leva a nenhum lugar
A areia do tempo escorre
de entre meus dedos
Ai que medo de amar!
O sol põe em relevo toda
as coisas que não pensei acontecendo,
Entre elas e eu, que
imenso abismo secular...
As pessoas passam, não
ouvem os gritos do meu silêncio
Ai que medo de amar!
Uma mulher me olha, em seu
olhar há tanto enlevo
Tanta promessa de amor,
tanto carinho para dar
Eu me ponho a soluçar por
dentro, meu rosto está seco
Ai que medo de amar!
Dão-me uma rosa, aspiro
fundo em seu recesso
E parto a cantar canções,
sou um patético jogral
Mas viver me dói tanto! e
eu hesito, estremeço...
Ai que medo de amar!
E assim me encontro: entro
em crepúsculo, entardeço
Sou como a última sombra
se estendendo sobre o mar
Ah, amor, meu tormento!...
como por ti padeço...
Ai que medo de amar.
© LUIZA LUZ SENIS , poeta y escritora brasileña
MIEMBRO DE LA COMUNIDAD “Amigos de Asolapo Argentina”
Direitos autorais
9610/98 São Paulo Brasil
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