GRANDES POETAS Y
ESCRITORES
DE BRASIL Selección: Jorge Amado, Paulo Coelho, Manuel Antonio de Almeida, Antonio de Castro Alves, Cecilia Meireles, Francisco Otaviano
BRASIL
Jorge Amado
CAPITANES
DE LA ARENA, en este libro aparece
este bellísimo poema dedicado a la vida de los niños abandonados en las calles de São Salvador da Bahia.
A cidade dormiu cedo.
A lua ilumina o céu, vem a
voz de um negro do mar em frente.
Canta a amargura da sua
vida desde que a amada se foi.
No trapiche as crianças já
dormem.
A paz da noite envolve os
esposos.
O amor é sempre doce e bom,
mesmo quando a morte está
próxima.
Os corpos não se balançam
mais no ritmo do amor.
Mas no coração dos dois
meninos não há nenhum medo.
Somente paz, a paz da noite
da Bahia.
Então a luz da lua se
estendeu sobre todos,
as estrelas brilharam ainda
mais no céu,
o mar ficou de todo manso
(talvez que Iemanjá tivesse
vindo também a ouvir música)
e a cidade era como que um
grande carrossel
onde giravam em invisíveis
cavalos os Capitães da Areia.
Vestidos de farrapos,
sujos, semi-esfomeados, agressivos,
soltando palavrões e
fumando pontas de cigarro,
eram, em verdade, os donos
da cidade,
os que a conheciam
totalmente,
os que totalmente a amavam,
os seus poetas.
Jorge Amado, nació el 10 de agosto de
1912, en la ciudad
de Itabuna, ubicada al sur del estado de Bahía, Brasil. Falleció en la ciudad de Salvador el 6 de agosto de 2001, Su obra es traducida a 49 idiomas. “Tierras del sinfín” (1943), “El país del carnaval” (1931), “Cacao”, “Sudor”, en 1943, En “Gabriela, clavo y canela” (1958), “Doña Flor y sus dos maridos” (1966), “Falda, faldón y camisón” (1980) “El Gato remendado y la golondrina Sinhá” (1976) y “La pelota y el arquero” (1986).
Paulo Coelho
QUÉ POBRE SOMOS
Una vez,
un padre de una familia acaudalada llevo a su hijo a
un viaje por el campo con el firme propósito de que viera cuán pobres eran las gentes del campo.
Estuvieron
por espacio de un día y una noche completa en
una granja de una familia campesina muy humilde.
Al
concluir el viaje y de regreso a casa el padre le pregunta a
su hijo:
“¿Que te
pareció el viaje?” – preguntó el padre.
“Fue
fantástico Papá!” – dijo el hijo
“¿Viste
que tan pobre puede ser la gente?” – preguntó el padre
“¡Oh, sí!”
– dijo el hijo
“Y… ¿qué
aprendiste?” – preguntó el padre
El hijo
contestó:
“Vi que nosotros tenemos un
perro en casa, ellos tienen cuatro.”
“Nosotros tenemos una piscina con agua estancada
que llega a la
mitad del jardín… y ellos tienen un río sin fin, de agua cristalina, donde hay pececitos y otras bellezas.”
“Que nosotros importamos lámparas del Oriente
para alumbrar
nuestro jardín…mientras que ellos se alumbran con la luna y las estrellas.”
“Que nuestro patio llega hasta
la pared de la casa del vecino, ellos
tienen todo el horizonte de patio.”
“Tenemos
un pequeño pedazo de tierra para vivir y ellos tienen
campos que van más allá de nuestra vista.”
“Que
nosotros compramos nuestra comida;…ellos, siembran y
cosechan la de ellos.”
“Nosotros
cocinamos en estufa eléctrica…Ellos, todo lo que
comen tiene ese glorioso sabor del fogón de leña.”
“Para protegernos nosotros
vivimos rodeados por un muro, con
alarmas….Ellos viven con sus puertas abiertas, protegidos por la amistad de sus vecinos.” “Nosotros vivimos conectados al celular, a la computadora, al televisor… Ellos, en cambio, están “conectados” a la vida, al cielo, al sol, al agua, al verde del valle, a los animales, a sus siembras, a su familia.” “Especialmente papá, vi que ellos tienen tiempo para conversar y convivir en familia. Tú y mamá tienen que trabajar todo el tiempo y casi nunca los veo y rara es la vez que conversan conmigo.”
El padre
se quedó mudo… y su hijo agregó:
“¡Gracias
Papá por enseñarme lo pobres que somos!
Traducción: Karem Molina Escobar
Paulo Coelho, Nacido en Río de
Janeiro en 1947, trabajó
como director y autor de teatro, periodista y compositor antes de dedicarse a los libros.Parte de su obra: El Pere grino de Compostela (Diario de un mago), El Alquimista, Once minutos, Brida, Adulterio, Verónika decide morir.
Desde 2002 es miembro de la Academia Brasileña de
las Letras, y desde 2007 ejerce como Mensajero de la Paz de las Naciones Unidas. |
|
TEU SORRISO
Para que dúvidas não haja
De que teu sorriso exista
É preciso que o veja,
Ainda assim,
Já não o tendo à vista,
Pensa-se que sonho seja,
E faz que, dúvida incrível,
Uma interrogação surgira:
– Meu Deus, será possível.
Algo tão lindo assim?
E o coração suspira:
– Ai de mim!
Manuel Antonio de Almeida, Rio de Janeiro, Brasil
17/11/1830 - 28/11/1861, Macaé (RJ) Parte de su obra: "Memorias
de un sargento de milicias", "Dos Amores". Su
novela fue un éxito por el humor imparcial y amoral, estilo conversacional, y
sobre todo por su gran talento como narrador.
Antonio de Castro Alves
ADORMECIDA
Ses longs cheveux épars la couvrent tout entière
La croix de son collier repose dans sa main,-
Comme pour témoigner qu'elle a fait sa prière.
Et qu'elle va la faire en s'éveillant demain.
A. DE MUSSET
Uma note, eu me lembro... Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente.
'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste
Exalavam as silvas da campina...
E ao longe, num pedaço do horizonte,
Via-se a noite plácida e divina.
De um jasmineiro os galhos encurvados,
Indiscretos entravam pela sala,
E de leve oscilando ao tom das auras,
Iam na face trêmulos - beijá-la.
Era um quadro celeste!...A cada afago
Mesmo em sonhos a moça estremecia...
Quando ela serenava... a flor beijava-a...
Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...
Dir-se-ia que naquele doce instante
Brincavam duas cândidas crianças...
A brisa, que agitava as folhas verdes,
Fazia-lhe ondear as negras tranças!
E o ramo ora chegava ora afastava-se...
Mas quando a via despeitada a meio,
P'ra não zangá-la... sacudia alegre
Uma chuva de pétalas no seio...
Eu, fitando esta cena, repetia
Naquela noite lânguida e sentida:
'Ó flor! - tu és a virgem das campinas!
'Virgem! - tu és a flor da minha vida!...'
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente.
'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste
Exalavam as silvas da campina...
E ao longe, num pedaço do horizonte,
Via-se a noite plácida e divina.
De um jasmineiro os galhos encurvados,
Indiscretos entravam pela sala,
E de leve oscilando ao tom das auras,
Iam na face trêmulos - beijá-la.
Era um quadro celeste!...A cada afago
Mesmo em sonhos a moça estremecia...
Quando ela serenava... a flor beijava-a...
Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...
Dir-se-ia que naquele doce instante
Brincavam duas cândidas crianças...
A brisa, que agitava as folhas verdes,
Fazia-lhe ondear as negras tranças!
E o ramo ora chegava ora afastava-se...
Mas quando a via despeitada a meio,
P'ra não zangá-la... sacudia alegre
Uma chuva de pétalas no seio...
Eu, fitando esta cena, repetia
Naquela noite lânguida e sentida:
'Ó flor! - tu és a virgem das campinas!
'Virgem! - tu és a flor da minha vida!...'
Antonio de Castro
Alves, Nació el 14 de marzo de 1847 en Salvador, Bahía
(Brasil). Falleció el 6 de julio de 1871 en la ciudad de Río de Janeiro.
Parte de su obra son: Espumas Flutuantes, Os Escravos y Gonzaga ou a Revolução de Minas, Espumas Flutuante, Cachoeira de Paulo Afonso, Vozes D'África, O Navio Negreiro.
Cecilia Meireles
Parte de su obra son: Espumas Flutuantes, Os Escravos y Gonzaga ou a Revolução de Minas, Espumas Flutuante, Cachoeira de Paulo Afonso, Vozes D'África, O Navio Negreiro.
Cecilia Meireles
PRIMEIRO MOTIVO DA ROSA
Vejo-te em
seda e nácar,
e tão de orvalho trêmula, que penso ver, efêmera,
toda a Beleza em lágrimas
por ser bela e ser frágil.
Meus olhos te ofereço:
espelho para face
que terás, no meu verso,
quando, depois que passes,
jamais ninguém te esqueça.
Então, de seda e nácar,
toda de orvalho trêmula, serás eterna. E efêmero
o rosto meu, nas lágrimas
do teu orvalho... E frágil.
e tão de orvalho trêmula, que penso ver, efêmera,
toda a Beleza em lágrimas
por ser bela e ser frágil.
Meus olhos te ofereço:
espelho para face
que terás, no meu verso,
quando, depois que passes,
jamais ninguém te esqueça.
Então, de seda e nácar,
toda de orvalho trêmula, serás eterna. E efêmero
o rosto meu, nas lágrimas
do teu orvalho... E frágil.
Cecilia Meireles nació el 7 de noviembre de 1901 en la
Tijuca, Río de Janeiro (Brasil). Murió en su ciudad natal el 9 de noviembre de
1963.
Parte de su
obra: “Espectros” (1919). “Nunca Más… Poema De Los Poemas”
(1924), y “Baladas Para El Rey” (1924), “Crianza, Mi Amor” (1927),
“Viaje”
(1939), “Música Vaga” (1942), “Mar Absoluta” (1944), “Retrato
Natural” (1949), “Romancero De La Desconfiada” (1953)
y “Poemas
Escritos En La India” (1961).
De modo póstumo
apareció “Cántico”.
Francisco Otaviano
MORRER... DORMIR...
|
Morrer... dormir... não mais! Termina a vida,
E com ela terminam nossas dores; Um punhado de terra, algumas flores, E, às vezes, uma lágrima fingida! Sim! minha morte não será sentida; Não deixo amigos, e nem tive amores! Ou, se os tive, mostraram-se traidores, - Algozes vis de uma alma consumida. Tudo é podre no mundo! Que me importa Que ele amanhã se esboroe e que desabe, Se a natureza para mim é morta! É tempo já que o meu exílio acabe... Vem, pois, ó Morte ao nada me transporta... Morrer... dormir... talvez sonhar... quem sabe? |
Francisco Otaviano abogado, periodista, político,
diplomático y poeta, nació en Río de Janeiro, Brasil, el 26 de junio de 1826, y
murió en la misma ciudad el 28 de junio de 1889.
Parte de su
obra comprende un punto de vista psicológico.
Traductor de: Horacio, Catulo, Byron, Shakespeare, Shelley, Víctor Hugo, Goethe, se revela también excelente poeta. Obras literarias: Selma canciones, poemas (1872); Traducciones y poemas (1881); Otras obras: Acta adicional de Inteligencia (1857); Asambleas provinciales (1869);
Traductor de: Horacio, Catulo, Byron, Shakespeare, Shelley, Víctor Hugo, Goethe, se revela también excelente poeta. Obras literarias: Selma canciones, poemas (1872); Traducciones y poemas (1881); Otras obras: Acta adicional de Inteligencia (1857); Asambleas provinciales (1869);
No hay comentarios:
Publicar un comentario